A Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas-Amae vem a público se manifestar sobre o assassinato de dois Policiais Militares, os soldados Marco Antônio Ribeiro e Marcos André Lopes, ocorrido por volta das 20h de 01 de maio de 2007, no mesmo local onde foi barbaramente assassinado o menino João Hélio, bem como se pronunciar sobre fatos que demonstram o quanto caótica está a questão da segurança pública em nosso país. Os Policiais estavam em uma viatura, portando fuzil e pistolas, fazendo a segurança da população, quando foram mortos com tiros de fuzis que lhes furaram os coletes balísticos,disparados por cerca de seis bandidos em três veículos roubados.Trata-se de um ataque a legítimos representantes do Estado Democrático de Direito, pondo em risco o regime democrático no país. Quando profissionais de segurança pública, portando fuzis, que são armas de guerra, não conseguem se proteger, comprova-se que chegamos ao ponto máximo que uma sociedade pode suportar. Este ano já chegamos à assombrosa cifra de 50 policiais mortos no estado do Rio de janeiro, fato que já está sendo analisado inclusive pela OEA(Organização dos Estados Americanos), provocados por esta entidade, quando solicitamos que o Governo Federal seja notificado sobre o desrespeito aos direitos humanos dos policiais no Brasil, tendo obtido a resposta descrita no ofício em anexo.É motivo de alerta para o povo brasileiro os fatos conexos que ocorrem com o assassinato dos dois policiais militares no Rio de janeiro. Hoje o STF(Supremo Tribunal Federal) julgará ações contra o Estatuto do Desarmamento, em um total de dez representações, a maioria em defesa da liberdade de utilização de armas de fogo por parte de cidadãos de bem para sua defesa. O que mais nos chama a atenção é o fato de que uma das ações contrária ao SINARM(Sistema Nacional de Armas), criado em 1997, cuja principal atribuição é autorizar ou não a compra de armas de fogo por cidadãos honestos, só agora em 2007 será julgada, ou seja, dez anos após, o que é um símbolo contundente de como as questãos relativas à segurança pública são tratadas no Brasil. A falta de celeridade na questão da proteção do direito à vida do cidadão cumpridor dos seus deveres neste país está se tornando um insulto a nossa cidadania.No dia anterior ao assassinato dos PMs em questão, a sociedade fluminense foi surprendida com duas notícias mais do que absurdas: a primeira é sobre o furto do veículo usado na escolta do Prefeito César Maia do Rio de janeiro. Para cúmulo dos males em seu interior havia um fuzil AR-15 da PM, sob a responsabilidade de dois sargentos PMs, seguranças do prefeito. O veículo e o fuzil foram furtados, porque os sargentos foram almoçar e deixaram o fuzil no interior do veículo, resultando este ato de irresponsabilidade em mais um armamento de guerra nas mãos dos bandidos, entretanto ficou claro para a sociedade o quanto alguns profissionais da área de segurança pública estão descompromissados com a proteção do cidadão. A outra notícia que torna ainda mais cristalino esse descompromisso, é que dois cidadãos foram vítimas de roubo por meliantes e ao serem levados por PMs a uma delegacia policial da zona oeste do Rio, para o devido registro da ocorrência, ficaram nove horas na DP, como também ambos os PMs que os acompanharam, portanto, devido a esse modelo arcaico de sistema policial de duas instituições policiais, a sociedade ficou com menos policiais para fazer a sua segurança. Urge reformar esse modelo de sistema policial ! precisamos de uma polícia única nos estados.Finalizando, temos os jornais de hoje noticiando o lançamento amanhã de um relatório sobre violência no Brasil por parte da ONG Anistia internacional, a qual profere duras críticas aos nossos governantes, porém continuam na mesma cantilena, pregando a plenos pulmões contra os veículos blindados da polícia, conhecidos por caveirão, o qual reduziu em mais de 50% o número de policiais mortos em serviço no estado , pois no Rio de janeiro coletes balísticos não protegem policiais. Os membros da Anistia Internacional, desconhcendo que o banditismo daqui é de narcoterrorismo, totalmente diferente do banditismo dos EUA e da Europa, verborragiam sem irem ao ponto central da questão, que é citar que estamos em um estado de guerra civil não declarada, que está fragilizando paulatinamente o estado de direito no Brasil, cujas propostas reais de solução para o problema devem ser duras, sem ferir a democracia, enquanto há tempo, razão pela qual defendemos a urgente decretação do estado de defesa no Rio de janeiro, pois somente com a questão da segurança pública submetida à autoridade total e irrestrita das Forças Armadas o problema começará a ser remediado. Trata-se de um remédio estabelecido no Art 136 da Constituição Federal, portanto totalmente democrático. A demora em enfrentar essa questão no Brasil, chegando-se ao absurdo de dez anos para tomadas de decisões é que tem permitido aos narcoterroristas se fortalecerem,transformado nosso país em uma terra sem lei.Diante dos imbróglios supracitados, só nos resta reivindicar : Estado de defesa já!
Texto original extraído do blog: http://www.militarlegal.blogspot.com/ para ajudar na divulgação da vergonha nacional.
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