terça-feira, 19 de junho de 2007

Esse pessoal...

Lauryn Hill dormiu em sauna e trouxe mala de perucas

Ana Paula Verly, Agência JB

RIO - Funcionários do Hotel Sheraton Barra passaram maus bocados na semana passada, quando a cantora Lauryn Hill esteve na cidade. O atraso de três horas para subir ao palco do Vivo Rio, na madrugada de domingo, foi apenas uma amostra da personalidade da diva negra americana. Acostumados a hospedar celebridades importantes - de quem buscam se aproximar, tal qualquer fã - dessa vez os funcionários se sentiram aliviados quando miss Hill (como exige ser chamada) deixou o lugar.
- Eu era fã. Agora, não consigo nem escutar as músicas dela. Levei para o pessoal mesmo - desabafou uma funcionária, sem se identificar.
Hill não queria ficar no mesmo hotel que a produção. A hospedagem só ficou acertada depois de árdua negociação, na qual o Sheraton propôs colocar a cantora no 11º andar e os produtores entre o primeiro e quarto pavimento. Para preservar a voz, mandou comprar dois aquecedores e transformou o quarto em uma verdadeira sauna - o que mais tarde resultaria inútil. Permaneceu oito dias no quarto. Descer ao lobby eram acontecimentos raros que mobilizavam uma equipe de seguranças em cordão de isolamento.
Sempre cobertos por turbantes, os cabelos de Hill até agora são uma incógnita para quem a viu de perto. Só se sabe que foram tingidos de vermelho, por causa das manchas de tinta que deixou no banheiro. Química provavelmente aplicada pelas duas cabeleireiras que trouxe à tira-colo, que, assim como sua irmã, ficaram nos quartos ao lado. Miss Hill também veio para o Rio com uma mala enorme, do tipo baú, repleta de perucas, além de outras sete bagagens.
Para não ser vista pelas camareiras, a cantora se enrolava em lençóis e nunca ficava no mesmo ambiente que estava sendo limpo. Exigiu que todos os funcionários da produção e do hotel, com quem teria algum contato, fossem negros. Apesar da formalidade como todos a tratavam, distribuiu grosserias e chiliques. Outra exigência era descer no elevador sem paradas em outros andares. A distância entre o quarto e o elevador, aliás, foi o motivo para não voltar ao hotel depois do show de sábado. Dez passos eram muito longe.

Tirem suas próprias conclusões...

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